segunda-feira, 28 de junho de 2010

Bottarga!

É tempo de tainhas e tempo de curar suas ovas: a bottarga é uma iguaria das mais finas, típica da Sardenha, Itália, encontrada por vezes também na Sicília, Grécia, Turquia...  A boutargue, em francês, é famosa e cara em qualquer lugar, inclusive por aqui, no Brasil.
Há 2 anos atrás, em julho, preparávamos em equipe da pós graduação em Enogastronomia um canapé de mousse de tainha confitada com fatias bem finas de bottarga. Lembro como foi difícil conseguir essa bottarga, ela veio embalada dentro de um saquinho especial de veludo, qual uma jóia a ser degustada... A preparação era para o Evento Costa da Esmeralda numa degustação de vinho Bordeaux, conduzida pelo jornalista e conhecedor de vinhos e gastronomia Renato Machado.

Ao comprar uma tainha com ovas semana passada, achei que seria uma pena fazer o recheio com a própria ova dentro: ela se perde em meio à farofa, dá um sabor sim... mas curada pode trazer uma gande explosão de sabores, isso para quem aprecia sabores fortes e marcantes como o nosso 'caviar'.

Minha sogra era 'expert' nessa cura e ensinou a usar sal e limão e secar ao sol. Quando eu preparava dessa forma, achava que muitas vezes o ponto macio se perdia e que um sabor amargo aparecia. Resolvi então fazer a cura somente no sal e secar à sombra. Veja o resultado:

Ponto correto, sem sombra de qualquer amargor, para ser apreciada em fatias finíssimas sobre uma simples torrada como meu pai gostava, ou num patê, num pesto, em uma massa bem à moda da Sardenha, com aspargos, sobre uma salada, sobre um delicioso pão italiano... com ou sem algumas gotinhas de limão.
No site Gourmundrungos de Alessandra Porro e Celso Benedini Cury você encontra a receita perfeita para prepará-las:  http://alessandra-porro.blogspot.com/2009/06/bottarga-um-ano-depois.html.

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